No dia 8 de agosto de 2004, após três dias pressionando teclas ininterrupta e equivocadamente, ela parou de ligar para ele. Assim como quem desliga, assim como quem desencana, assim como quem se toca, assim como quem tem vontade, assim como quem leva um murro na cara, desaba na arena e, de rosto rente ao piso gélido, é obrigado a abrir os olhos - ela parou (simplesmente...) de ligar para ele. Inevitável: mudara a perspectiva. Quando se ergueu, exaurida, pálida, já não via a mão que dera o murro, mas o alvorecer, milhares de outras pessoas, transeuntes, correria, carros, bares, bebidas, baladas, flores, fogos, mulheres, homens, crianças, amigos, bebês, primos, poesia, e todo um mundo de possibilidades famélicas existindo para si.
E esse foi o último capítulo. Game over.
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