domingo, 11 de janeiro de 2009

Domingão na Pompéia - de Arrigo Barnabé a Guto Lacaz

Acordei hoje querendo estar em algum lugar entre New York City e a Aldeia Xavante de Ubawawe. Pilhadíssima, rodei bastante pela cidade (um solllllll...), peguei um metrô, dois, três, saltei na Barra Funda, colei num mini-ônibus com um cobrador maluco e, por fim, estacionei: SESC Pompéia. Nossa, que lugar sensacional! Se São Paulo tivesse praia eu teria ido para praia e não teria conhecido esse tremendo espaço! Isso é que é cidade maravilhosa: sem praia e com o SESC Pompéia - instalado, aliás, em uma lugar pitoresco, maneiríssimo, onde funcionou uma antiga fábrica ou coisa do tipo. A necessidade cria a oportunidade.

Enquanto o show do Arrigo não começava, fiquei transitando por ali - e opções não faltavam: exposição de um dos meus artistas plásticos prediletos, o Guto Lacaz (com suas pequenas grandes ações), um festival de jogos eletrônicos muito louco, que fez com que eu sentisse o peso da idade - já que, além de colocarem a criançada para jogar Mario Brós como se fosse recreação de guris de neanderthal, aquela parafernália toda da nossa infância estava exposta como artigo de museu: Atari, Master-System, Nintendo, adaptador de cartucho, e um monte de outras raridades. Nada evolui tanto nesse mundo quanto a tecnologia. Não sei para quê, as crianças estavam adorando o Mario.

E como tecnologia demais emburrece, chegou como um foguete o melhor momento: O show do Barnabé. Só eu sei o quanto eu quis ver o show desse cara em Sampa. Clara Crocodilo sempre foi um dos mais preciosos tesouros da minha discoteca. E lá estava ele, em um duo de piano com o Paulo Braga detonando delírios radiofônicos aleatórios no Fritz Dobbert. Genial. Na mente, ficou a letra de Tchau Trouxa!, do disco Suspeito, de 1987:

Você tem medo de fazer amor comigo
Você tem medo de acordar com um bandido
E ver no espelho escrito com batom:
- Tchau trouxa, foi bom!
Você não sabe de onde eu tiro o meu dinheiro
Você não sabe o que eu faço o dia inteiro
E esse mistério destrói a nossa paz
Ah, não posso mais
Não me pergunte nada, me deixe apenas vendo
Seu corpo lindo vindo para mim
E não se esconda tanto pois o seu corpo chama
Um outro corpo solto sobre o seu que eu bem sei
É o meu
Você suspeita que eu não seja um bom sujeito
E não entrega seu amor a um suspeito
Mas mesmo tentando jamais conseguirá
Não me desejar

Para quem for "from out of town" como eu e estiver em Sampa, recomendo mesmo (com muitas vivas!!!) dar uma passadinha no SESC Pompéia. Mas não faça como eu, seja mais prático e pegue um ônibus só. :-)

Serviço:
SESC Pompéia
End: Rua Clélia, 93 Pompéia, São Paulo.
Telefone: 11 3871-7700

Programação:
http://www.sescsp.org.br/sesc/

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