Como do dia 1 pro dia 2 eu virei – e virei водка, e virei louca³, virei la nuit e virei até os olhos – não consegui ver quase nada na tal da virada cultural, e muito menos, claro, “virá-la”.
Contudo, foi na bala(vira)da da noite anterior que a “maior cidade do multiculturalismo mundial” se descortinou para mim em todo seu esplendor. Sem sombra de dúvidas, os franceses foram de fato os grandes protagonistas da virada cultural, já que o pouco que pude ver na sexta foi sublime: a Cie Carabosse e sua sensacional instalação de fogo que tomava conta de todo Parque da Luz com esculturas de chama enquanto, ao fundo, músicos davam o tom narcotizante. Perfeito. A Andrea ficou apaixonada pelo Pyro-Psycho-Delic-Guitar-Fire-Man. Foi duro tirá-la de lá. Depois, dando continuidade ao clima francês que imperava, partimos para ver o Les Provocateurs (Edgard Sacandurra, Andrea Merkel, Juliana R., Bárbara Eugênia e Alex Antunes) no Berlin detonando pérolas da música francesa em versões sensacionais. Muito fofo. Estou esperando o “gauchinho” ou o "gauchão" me enviar as fotos para eu postar aqui. Mas a noite não acabou por aí! Não. Depois de passar naquele tal de Love Story - uma espécie de "Via Show" paulistano - só para usar o toilet (ser mulher às vezes é foda!), fomos para a Augusta. Aí fudeu. A concentração de lunáticos chega a níveis bem altos por metro quadrado. O que eu posso dizer é que entramos num porãozinho infernal onde eu pude bater cabeça ao som de Killing in The Name do Rage Against The Machine (quanto tempo eu não ouvia isso: mucho bom!!!) e, para terminar, um pardieiro perdidaço chamado Bar da Galega. Lindo. Lembro-me de ter ficado cantando “Raul” com dois figuras que iam pro Largo do Arouche na sequência. Nossa, a noite de Sampa, em sua diversidade eclética e quase utópica, é realmente imbatível, surpreendente e perigosa se você for do tipo kamikaze. O que não é o meu caso, obviamente. Eu nem bebo.
Pra não dizer que eu não vi nada da virada propriamente dita, fui ver o maluco do Marsicano tocar cítara e falar as abobrinhas de sempre meia-noite na Casa das Rosas. Entre peças clássicas indianas, ele mandou Black Sabbath, Raul, Beatles, The Doors, Led Zeppelin e Vinicius. Só faltou Coltrane. Do físico ao metafísico, que belo instrumento...
domingo, 3 de maio de 2009
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