terça-feira, 16 de dezembro de 2008

No divã do tempo

Quem me conhece, e não são muitos, sabe que, em geral, eu não acredito em psicólogos, psicoterapeutas, psicanalistas ou qualquer coisa que o valha. Como muita gente boa, já estive em lugares estranhos, inomináveis, lynchianos, eu diria, e sei que, quando o bicho pega, não existe ajuda que possa vir atrelada a interesses escusos do tipo: dinheiro. Ou do tipo: cartão de crédito. Ou ainda: de qualquer tipo. Se alguém quer te ajudar, te ajudar de verdade, e não há mal algum nisso, essa pessoa deve querer tão somente te ajudar. Ponto. E quem quer ajudar, na maioria das vezes por que também foi ajudado, não quer nada em troca que não seja o seu bem. É apenas um gesto de amor de quem conhece o amor. Nesse sentido, consultório psicoterapêutico e levante emocional (e eu não estou me referindo a processos de auto-conhecimento inócuos) são coisas absolutamente in-com-pa-tí-veis. A princípio, essa lógica pode confundir, pois a linha que separa uma intenção de outra é tão tênue que aqueles mais fracos e desesperados (os que, por sinal, procuram ajuda psicológica) não conseguem enxergá-la.

Se você deixou de ser uma catástrofe emocional por que teve um bom psicólogo, de duas, uma: ou você estava muito carente e precisava de um ouvinte – o que pode acontecer; ou você é daqueles que fez análise por longos dois ou cinco anos – e aí, querido, vamos combinar, o mérito foi todo seu...

... e do tempo.


É fim de ano e nada de chororô!

Só existe um meio de retroceder no tempo (e “consertar” as burradas cometidas no passado): vivendo-o agora do jeito que era para ter sido. Sim, Viver o tempo agora é isso. Mudam os personagens, mas a história é a mesma. Cabe a você, dessa vez, fazer diferente.

2 comentários:

Daniel Russell Ribas disse...

Tem pessoas que não querem ser ajudadas. Tem pessoas que querem se ver queimando. Se você não é uma delas (ou é), leia minhas críticas em www.almanaquevirtual.com.br

Bjs, DRR

Unknown disse...

Sim, tem pessoas que não querem ser ajudadas, nem por si mesmas. Seriam os autistas? Os egocêntricos? Não sei... Talvez os masoquistas, vai saber...