Direto da Escandinávia e com cara de integrante do falecido Los Hermanos, Troels Abrahamsen é o líder do Veto, uma das bandas mais interessantes que surgiram nos últimos tempos na... Dinamarca.
Sim, Dinamarca, um país que não é feito só de cineastas extraordinários, mas também de músicos que rezam a cartilha do mais ousado pop. Sem abdicar da visceralidade do rock’n’roll e fazendo um uso inteligente de sintetizadores, eles agradam a gregos e troianos: fãs de Atari Teenage Riot ou Strokes e Cia. Após fazer estardalhaço com There's A Beat In All Machines, em 2006, que faturou todos os prêmios de público e crítica das redondezas, eles lançaram, no ano passado, Crushing Digits – um álbum um pouco mais experimental, eu diria, propenso à pista, embora igualmente brilhante e palatável. Por detrás de cada nota ou palavra ecoada pela voz tensa de Troels, é possível detectar uma incontida melancolia, que, não por acaso, nos remete a bandas oitentistas como Joy Division ou Depeche Mode. Este mês, os leitores da maior revista dinamarquesa de música, a Gaffa, concederam os prêmios mais importantes de 2008 ao Veto: melhor banda, melhor álbum, melhor cantor e hit do ano.
Em There's A Beat In All Machines, Can you see anithing? e You are a Knife são exemplos primorosos da vitalidade sonora dos caras. Fica fácil entender o reconhecimento não só dentro do país como, é claro, fora dele.
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