domingo, 31 de maio de 2009

Dasabafo: Eu odeio A Sonata a Kreutzer! (O romance)

O Conde Liev Tolstói era um sujeito completamente obtuso e deveria ter sido trancafiado em um manicômio!... Um ser humano de posse de suas faculdades mentais normais - ou seja, que esteja apto a viver e conviver em sociedade - jamais escreveria um romance como A Sonata a Kreutzer, fazendo apologia ao fim da humanidade pela prática da abstinência sexual e sugerindo que as crianças eram meros apêndices que só serviam para tumultuar a vida e trazer sofrimento aos pais (cabe ressaltar que Tolstói prezava pelo didatismo de seus textos, que deveriam servir para algo de concreto). A música, então, para ele, tratava-se de um ente non-sense que só fazia despertar "condicionamentos" desnecessários, já que não eram próprios de quem a ouvia, mas de quem a compunha (?), e engabelar nossa preciosa razão. Que aberração é essa? Se ele tinha problemas com a maluca da mulher, que tocava piano e perseguia-o como a uma sombra, que guardasse isso para o túmulo em Iasnaia, e não ficasse criando argumentos os mais delirantes para justificar suas paranóias. Mas não, agora temos todos que bater palmas, apresentar seminários, por que foi o Conde Liev Tolstói que escreveu, assim como proclamou um monte de bobagens "geniais", inspirou Gandhi, Brecht, achava-se O Apóstolo de Cristo (escreveu um Evangelho, inclusive), vestiasse como um mujique, não ouvia música, não bebia, se dizia anarquista embora não conseguisse colocar em prática nada do que pregava, criou uma Sociedade contra a vodka, só admitia que comparassem sua literatura a de Homero e era o autor predileto dos líderes da Revolução de 1917, apesar de não concordar com Marx ou com qualquer pensador de sua época. A Igreja Ortodoxa fez bem em tê-lo excomungado. Esse cara era completamente doente! Até o Rasputin era mais são. Não é à toa que nosso amado Dostoiésvski se referia a ele com todo sarcasmo que lhe era permitido. Enfim, viva Puchkin!

Tá bom, ele tem lá alguns contos memoráveis, bem como algumas passagens magistrais em sua obra. Pode até ser que eu esteja julgando o todo pela parte, mas, cara#*o, que livro odioso! (Não esqueçamos que Alex, de Laranja Mecânica, que, aliás, adorava flertar com a língua russa, também tinha problemas com o Ludwig Van Beethoven... ) Enfim, viva Puchkin!...

Tolstói sofria da "Sindrome do Messias" - ou seja, achava que era Deus. Normal, vide o Inri Cristo ou tantos outros. O anormal da história é que toda uma geração acreditou nele. Pura retórica.

Um comentário:

disse...

Independente do talento do tiozão, pra mim todo anarco-cristão é uma aberração, vide Zélia Gattai: "anarquistas, graças a deus"(?!). Watta fuck...? Me faz lembrar daquelas baladas super jóias de evangélicos hypados nas raves, ou batendo cabeça nos shows de White Metal (com o patrocínio da Kronenbier). Deixa eles, claro, mas isso tudo é muito freak pra minha cabeça.