Gram em "Me trai comigo"
kkkkkkk
"Sim, eu o amo loucamente (...) Vejo bem que perdi a razão, que não devia amá-lo desse modo. Não é sadio esse amor. Sinto agora, e já o sentia há muito tempo, mesmo nos momentos mais felizes, que não terei senão dores e tormentos. Mas que posso fazer, se os tormentos que me vêm dele representam felicidade para mim? (...) Ninguém ama os laços que o prendem, e eu sou a primeira a odiá-los. E no entanto sinto-me feliz por ser sua escrava - sua escrava voluntária, sinto-me feliz por sofrer tudo por amor dele -, contanto que esteja comigo, contanto que eu o possa ver, olhá-lo. Parece-me até que lhe permitiria que amasse uma outra, conquanto eu estivesse ao seu lado (...). Sei que é uma baixeza, e entretanto, se ele me abandonasse eu lhe correria atrás, até ao fim do mundo, mesmo que ele me repelisse e expulsasse. (...) Eu iria embora amanhã se ele o pedisse, se me chamasse. Bastaria que me assobiasse, como ao seu cão, e o seguiria... Não receio tormentos, se me vierem dele! Saberei que recebo meu mal de suas mãos..."
Natascha em Humilhados e Ofendidos de Dostoiévski (1861)
kkkkkk
"I'll search the holy books/I'll try to unravel the mystery of Jesus Christ the Savior/I read the poets and the analysts/Searched through the books on human behavior/I've traveled this world round/For an answer that refused to be found/I don't know why, and i don't know how/But she's nobody's baby now.
I loved her then, and i guess i love her still/Hers is the face i see when a certain mood moves me/She lives in my blood and skin/Her wild feral stare, her dark hair/Her little lips, as cold as stone/Yeah, i was her man.
But there are some things love won't allow/I held her hand, but i don't hold it now/I don't know why, and i don't know how/But she's nobody's baby now.
This is her dress, i loved best/With the blue quilted violets across the breast/And these are my many letters/Torn to peices by long-fingered hands/I was her cruel-hearted man.
And though I try to lay her ghost down/But she's moving through me even now/I don't know why, and i don't know how/But she's nobody's baby now..."
Nobody's baby, Nick Cave
kkkkkkk
"Olha pra mim, amor, olha pra mim;
Meus olhos andam doidos por te olhar!
Cega-me com o brilho de teus olhos
Que cega ando eu há muito por te amar.
O meu colo é arrninho imaculado
Duma brancura casta que entontece;
Tua linda cabeça loira e bela
Deita em meu colo, deita e adormece!
Tenho um manto real de negras trevas
Feito de fios brilhantes d'astros belos
Pisa o manto real de negras trevas
Faz alcatifa, oh faz, de meus cabelos!
Os meus braços são brancos como o linho
Quando os cerro de leve, docemente...
Oh! Deixa-me prender-te e enlear-teNessa cadeia assim eternamente! ...
Vem para mim,amor...
Ai não desprezesA minha adoração de escrava louca!
Só te peço que deixes exalar
Meu último suspiro na tua boca!..."
kkkk
Suplica, Florbela Espanca - essa pirada que adorava rimar "louca" com "boca"!
kkkkk
Ah, não resisto a um drama burguês...
Nenhum comentário:
Postar um comentário